O presidente Lula, durante sua viagem a Nova York, expressou grande preocupação com o impacto das apostas online na população mais vulnerável. Ele ficou alarmado ao saber que beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em apostas via Pix apenas em agosto, conforme relatório do Banco Central.
Em resposta, Lula solicitou medidas urgentes para bloquear o uso do cartão do Bolsa Família em sites de apostas. Segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, o presidente reforçou que o benefício deve ser usado para alimentação e necessidades básicas, e não para jogos de azar.
A regulamentação das apostas, coordenada pelo Ministério da Fazenda, incluirá regras para impedir que beneficiários de programas sociais utilizem seus cartões para apostas, com monitoramento baseado no CPF dos jogadores. O ministro Fernando Haddad explicou que esse controle ajudará a identificar sinais de dependência e a proteger os apostadores.
A legalização das apostas no Brasil ocorreu em 2018, mas o governo anterior não regulamentou o setor, o que permitiu um crescimento descontrolado. Lula criticou Jair Bolsonaro por não ter implementado as regras previstas na lei, o que teria agravado o problema.
A regulamentação atual, prevista para vigorar completamente em 2025, abrange não apenas apostas esportivas de quota fixa, mas também jogos online, como cassinos virtuais. No entanto, a preocupação com o impacto social das apostas, especialmente entre os mais pobres, levou parlamentares a reavaliar o texto da lei, com propostas para restringir apostas por beneficiários do Bolsa Família.
Lula destacou que o Brasil sempre foi contrário a cassinos e jogos de azar, mas a popularização das apostas via celular tem levado muitas famílias a se endividarem, principalmente as de baixa renda. Para ele, a regulamentação é urgente para evitar que o problema continue crescendo.