Se antes o foco estava nos conflitos globais, como Rússia e Ucrânia, agora o principal temor do mercado é uma possível recessão na economia dos EUA.
Durante um evento, Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central, apresentou um dado preocupante: nos últimos meses, o risco de recessão americana cresceu muito, superando até os riscos geopolíticos. Isso se deve ao fato de que a curva de juros dos EUA está invertida há mais de 25 meses, um forte sinal histórico de recessão.
Aqui estão os principais sinais de alerta:
- Imóveis caros: Hoje, comprar uma casa nos EUA custa em média 7,7 vezes o salário anual de uma família típica, tornando a compra de imóveis muito mais difícil do que no passado, quando essa proporção era de cerca de 3,5.
- Ações supervalorizadas: O mercado de ações americano está em um nível altíssimo, com preços de ações muito acima dos lucros reais das empresas, o que pode indicar uma bolha prestes a estourar.
- Mercado de títulos instável: A recente queda nos rendimentos dos títulos forçou o Banco Central dos EUA (Federal Reserve) a reduzir as taxas de juros, mas isso pode não ser suficiente para evitar uma crise.
Em resumo, o mercado está preocupado com uma possível recessão, o que pode impactar tanto os EUA quanto a economia global nos próximos meses.